AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE - SELOS DE IDENTIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE
A atestação da
conformidade de um produto ou objeto qualquer se dá de diferentes formas. O selo
de identificação da conformidade, como é hoje genericamente chamado no âmbito
do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade é a evidência dessa
atestação e pode se apresentar das seguintes maneiras:
a) Etiqueta colada no
produto;
b) Layout desenhado na
embalagem do produto;
c) Layout desenhado em
alto relevo no produto;
d) Certificado impresso
em papel;
e) Listagem impressa;
f) Banco de dados
informatizado.
Em geral, no selo de
identificação da conformidade, consta o logo do certificador ou organização inspetora.
Logicamente, quando a avaliação se dá por terceira parte. Frequentemente,
consta o logo do regulamentador e, eventualmente, o do acreditador.
No caso específico do
Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade, a versão mais recente das
regras para o uso do selo de identificação da conformidade foram estabelecidas
pela Portaria Inmetro nº 274, de junho de 2014.
O fator chave de
sucesso na identificação da conformidade é fazer uma gestão cuidadosa da marca,
de forma a protegê-la contra a vulgarização e objetivando conferir total
credibilidade ao mesmo. Neste sentido, esforços devem ser empreendidos
objetivando evitar falsificações e uso indevido ou abusivo.
A seguir, são
apresentados alguns dos selos de identificação da conformidade criados com o
objetivo de identificar cada um dos mecanismos de Avaliação da Conformidade
existentes e praticados, nacional e internacionalmente.
Ressalta-se ainda que,
quando o programa de Avaliação da Conformidade tem caráter compulsório, a marca
do Inmetro aparece no lado direito do selo e é maior que a marca do organismo
certificador.
Enquanto que nos
programas voluntários, é a marca do organismo certificador que aparece do lado
direito e tem destaque maior. No selo de Declaração da Conformidade do
Fornecedor deverá ser usada a marcação RTB, junto com a marca Inmetro, conforme
preconiza a Resolução nº 04 do Conmetro, de 16 de dezembro de 1998.
Cabe ainda destacar
que, com a entrada em vigor da Portaria Inmetro nº 73/06, hoje Portaria nº 274/14,
os produtos objeto de certificação voluntária, que não possuem Requisitos de
Avaliação da Conformidade (RAC), ou seja, para os quais não foi desenvolvido
programa de avaliação da conformidade, não podem ostentar o selo de identificação
da conformidade desde janeiro de 2007.
Devem ser destacadas
as etiquetas utilizadas na atestação do desempenho, particularmente o energético,
de objetos.
A etiquetagem é uma
forma de atestar o desempenho de um objeto, na maior parte das vezes consumidor
de energia. Representa uma informação qualificada, importante de ser usada pelo
consumidor quando de sua decisão de compra, não se limitando a considerar
somente o preço do objeto, mas também seu desempenho energético. A etiquetagem
pode usar mecanismo de Avaliação da Conformidade de primeira ou terceira parte,
em que, através de ensaios, é determinada e informada ao consumidor uma característica
do produto, especialmente relacionada ao seu desempenho.
O uso da etiqueta para
destacar o desempenho de produtos vem sendo cada vez mais frequente, sendo um
poderoso mecanismo de conscientização dos consumidores.
No Brasil, a
etiquetagem tem se destacado como instrumento para redução do consumo de energia
elétrica em eletrodomésticos da chamada linha branca (refrigeradores,
congeladores, aparelhos condicionadores de ar doméstico, etc.) e em outros
produtos como lâmpadas e chuveiros elétricos.
Vem sendo também
largamente utilizada em fornos fogões e aquecedores de passagem a gás, como
forma de estimular a redução do consumo de combustível. E ainda em lâmpadas
incandescentes, compactas e led, incluindo também as respectivas luminárias
led. Mais recentemente a etiquetagem passou a ser utilizada para ranquear o
desempenho energético, ou seja, o consumo de combustíveis de veículos de
passeio.
Vem ainda sendo
desenvolvidos programas de avaliação do consumo hídrico de chuveiros, torneiras
e sistemas de descarga sanitária. Cabe ainda destacar como Programas de
etiquetagem em desenvolvimento o de geradores eólicos de pequeno, médio e
grande porte.
Outro exemplo de
etiquetagem utilizada no Brasil é o Selo Ruído, que informa o nível de ruído emitido
por liquidificadores, secadores de cabelo e aspiradores de pó.
A etiqueta,
principalmente quando associada ao estabelecimento de metas de desempenho,
representa um instrumento importante para a redução do consumo de energia no
país, visto que estimula um constante aprimoramento tecnológico na fabricação
de equipamentos a serem colocados no mercado nacional, incentivando a oferta ao
consumidor de equipamentos com melhor desempenho energético e elevando, em
consequência, a qualidade aos níveis internacionais.
Via de regra, a
etiquetagem fornece importantes informações para a decisão de compra por parte
do consumidor, devendo ser consideradas juntamente com outras variáveis como: a
qualidade, a segurança, os aspectos ambientais e o preço.
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